Com esta acção pretendemos:
Em plena crise climática e tratando-se do último pulmão verde da Linha, recusamos a construção de 850 apartamentos de luxo em prédios de até 5 andares subterrâneos e 8 andares acima do solo, de um hotel e outras estruturas comerciais.
A comunidade escolar da St. Julian's School, muito directamente afectada por este megaempreendimento, está já a sofrer na pele os efeitos imediatos da actividade de construção, com níveis elevados de ruído das máquinas, levantamento de poeiras, máquinas pesadas em permanente deslocação. Crianças e adultos começam a acusar o stress criado pelas obras.
Realçamos que o movimento 66 Pela Quinta não é contra os planos de construir e expandir o campus da St. Julian’s com vista a responder às suas necessidades actuais. Acreditamos também que é do interesse da escola que o ambiente circundante seja constituído por um parque em vez de uma megaurbanização e betão.
O legado histórico e cultural da Quinta dos Ingleses também é relevante. A Quinta é um património histórico de valor, ela própria uma Quinta pombalina, ligada ao vinho de Carcavelos, ao facto de ter sido requisitada e desempenhado um papel importante durante a Guerra Peninsular, à presença britânica, ao primeiro jogo de futebol em Portugal, e aos primórdios da era moderna da comunicação, tendo sido sede da companhia de telégrafos que lançou os primeiros cabos submarinos de telecomunicações, ligando por telégrafo Portugal (Carcavelos) à Cornualha (Porthcurno), e a seguir a todos os pontos de comunicação do mundo. Esta história importante da telecomunicação é celebrada com um museu em Porthcurno, e o governo dos Açores vai também criar um Núcleo Museológico dos Cabos Submarinos, na ilha do Faial. Porque não celebramos esta herança em Carcavelos?

